domingo, 22 de janeiro de 2012

Benefícios da meditação...

Cientistas varreram a literatura científica para elaborar um quadro geral capaz de explicar os muitos benefícios da meditação...
Atenção no agora
Em tempos de estresse, muitas vezes somos incentivados a fazer uma pausa por um momento e simplesmente ficar no "agora".
Este tipo de consciência, ou "mente alerta", uma parte essencial das tradições budista e da ioga indiana, transformou-se em um comportamento predominante conforme as pessoas tentam encontrar formas de combater o estresse e melhorar sua qualidade de vida.
E as pesquisas sugerem que a meditação da mente alerta  pode ter benefícios para a saúde e o desempenho individual, incluindo melhorias na função imunológica, redução da pressão sanguínea e melhorias nas funções cognitivas.
Mas como é que uma única prática pode ter efeitos tão amplos sobre o bem-estar?
Prática multifacetada
Um novo artigo, publicado na última edição da revista Perspectivas sobre as Ciências Psicológicas, varreu a literatura científica para elaborar uma estrutura capaz de explicar estes efeitos positivos da meditação.
O objetivo deste trabalho foi "proporcionar 'um quadro geral', organizando muitas descobertas, como as peças de um mosaico," afirma Britta Hölzel, da Universidade Harvard, uma das autoras do estudo.
A conclusão dos pesquisadores é que aquilo que chamamos de meditação da mente alerta não é uma habilidade única.
Pelo contrário, é uma prática mental multifacetada que engloba vários mecanismos.
Efeitos positivos da meditação
Os autores identificaram especificamente quatro componentes-chave de atenção que podem ser responsáveis pelos efeitos da meditação:
a regulação da atenção
a consciência corporal
a regulação da emoção
e o sentido do self
Juntos, esses componentes nos ajudam a lidar com os efeitos mentais e fisiológicas do estresse por métodos que não envolvem julgamentos.
Embora estes componentes sejam teoricamente distintos, eles estão intimamente entrelaçados.
A melhoria na regulação da atenção, por exemplo, pode facilitar diretamente a consciência do nosso estado fisiológico.
A consciência corporal, por sua vez, nos ajuda a reconhecer as emoções que estamos experimentando.
Compreender as relações entre esses componentes e os mecanismos cerebrais subjacentes a eles vai permitir aos médicos adequar melhor as intervenções da meditação da mente alerta para seus pacientes, diz Hölzel.

Treinamento e prática
No nível mais fundamental, o trabalho reforça a visão de que a meditação da atenção plena não é uma panaceia, capaz de curar qualquer coisa.
Uma meditação da mente alerta eficaz requer treinamento e prática, e tem diferentes efeitos mensuráveis sobre nossas experiências subjetivas, nosso comportamento e nossas funções cerebrais.
Os autores esperam que a pesquisa "permita que um conjunto muito mais amplo de indivíduos utilize a meditação da atenção plena como uma ferramenta versátil para facilitar mudanças - tanto na psicoterapia quanto na vida cotidiana."

Benefícios da meditação...

Cientistas varreram a literatura científica para elaborar um quadro geral capaz de explicar os muitos benefícios da meditação...
Atenção no agora
Em tempos de estresse, muitas vezes somos incentivados a fazer uma pausa por um momento e simplesmente ficar no "agora".
Este tipo de consciência, ou "mente alerta", uma parte essencial das tradições budista e da ioga indiana, transformou-se em um comportamento predominante conforme as pessoas tentam encontrar formas de combater o estresse e melhorar sua qualidade de vida.
E as pesquisas sugerem que a meditação da mente alerta  pode ter benefícios para a saúde e o desempenho individual, incluindo melhorias na função imunológica, redução da pressão sanguínea e melhorias nas funções cognitivas.
Mas como é que uma única prática pode ter efeitos tão amplos sobre o bem-estar?
Prática multifacetada
Um novo artigo, publicado na última edição da revista Perspectivas sobre as Ciências Psicológicas, varreu a literatura científica para elaborar uma estrutura capaz de explicar estes efeitos positivos da meditação.
O objetivo deste trabalho foi "proporcionar 'um quadro geral', organizando muitas descobertas, como as peças de um mosaico," afirma Britta Hölzel, da Universidade Harvard, uma das autoras do estudo.
A conclusão dos pesquisadores é que aquilo que chamamos de meditação da mente alerta não é uma habilidade única.
Pelo contrário, é uma prática mental multifacetada que engloba vários mecanismos.
Efeitos positivos da meditação
Os autores identificaram especificamente quatro componentes-chave de atenção que podem ser responsáveis pelos efeitos da meditação:
a regulação da atenção
a consciência corporal
a regulação da emoção
e o sentido do self
Juntos, esses componentes nos ajudam a lidar com os efeitos mentais e fisiológicas do estresse por métodos que não envolvem julgamentos.
Embora estes componentes sejam teoricamente distintos, eles estão intimamente entrelaçados.
A melhoria na regulação da atenção, por exemplo, pode facilitar diretamente a consciência do nosso estado fisiológico.
A consciência corporal, por sua vez, nos ajuda a reconhecer as emoções que estamos experimentando.
Compreender as relações entre esses componentes e os mecanismos cerebrais subjacentes a eles vai permitir aos médicos adequar melhor as intervenções da meditação da mente alerta para seus pacientes, diz Hölzel.

Treinamento e prática
No nível mais fundamental, o trabalho reforça a visão de que a meditação da atenção plena não é uma panaceia, capaz de curar qualquer coisa.
Uma meditação da mente alerta eficaz requer treinamento e prática, e tem diferentes efeitos mensuráveis sobre nossas experiências subjetivas, nosso comportamento e nossas funções cerebrais.
Os autores esperam que a pesquisa "permita que um conjunto muito mais amplo de indivíduos utilize a meditação da atenção plena como uma ferramenta versátil para facilitar mudanças - tanto na psicoterapia quanto na vida cotidiana."

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Estudos sobre as pessoas que não esquecem...

Memória Autobiográfica Altamente Superior
O norte-americano Robert Petrella tem uma memória fora do comum: ele é capaz de memorizar todos os números de telefone armazenados em telefones celulares e, ao olhar uma única fotografia de um lance de um jogo do seu time de coração, oPittsburgh Steelers, é capaz de dizer a data da partida e o placar final.
Petrella tem uma síndrome raríssima, chamada Memória Autobiográfica Altamente Superior (MAAS, na sigla em inglês), na qual o paciente não se esquece de quase nada do que aconteceu com ele na vida.
Quem tem essa condição é capaz de se lembrar o que comeu no almoço hoje ou três anos atrás, ou de recordar com detalhes as notícias que leu no jornal há décadas.
Mesmo se quiserem, essas pessoas não podem apagar memórias, como o fim de um namoro ou as lembranças de um acidente.
Lembranças úteis
"Eu notei isso durante o ensino secundário, me dava conta que nem todos recordavam o que eu conseguia lembrar, e pensava que era algo incomum, como ser canhoto ou algo assim. Mais tarde, notei que isso tinha outra dimensão. Sempre tive facilidade nos exames, pois lembrava de tudo sem ter feito revisão dos tópicos", disse Petrella à BBC.
Para ele, a síndrome acaba sendo bastante útil em sua profissão, já que ele é produtor de documentários para o History Channel e o Discovery Channel.
"Às vezes, me recordo de algo que alguém disse há 30 anos, coisas que as outras pessoas não lembrariam, porque foram ditas no momento, e isso pode tornar as relações raras", diz Petrella.
"Mas não tenho problemas em viver no passado. As recordações estão na minha cabeça e são parte de mim, mas não me impedem de viver o hoje e olhar para o futuro. As recordações estão na minha cabeça e são parte de mim, mas não me impedem de viver o hoje e olhar para o futuro," afirma.
Raridades
A MAAS (Memória Autobiográfica Altamente Superior) é tão difícil de ser identificada que até então apenas 20 pessoas no mundo - todas nos Estados Unidos - haviam sido diagnosticadas com ela.
Mas um programa sobre a síndrome exibido pela rede de TV americana CBS, e visto por pelo menos 24 milhões de pessoas, ampliou o conhecimento sobre a MAAS.
Desses telespectadores, 500 entraram em contato com os pesquisadores por acreditarem que tinham MAAS. Mas apenas 10 foram confirmadas com a síndrome.
Há apenas cinco anos essa condição começou a ser chamada de Memória Autobiográfica Altamente Superior, quando o especialista em memória James McGaugh publicou um artigo sobre seu estudo de seis anos de uma paciente com os sintomas.
O quadro já foi retratado na ficção, como no conto Funes, o Memorioso, do argentino Jorge Luis Borges, e na série de TV Unforgettable ("Inesquecível"), que acaba de estrear nos Estados Unidos.
"Provavelmente há pessoas com essa síndrome há séculos, mas suas bases nunca haviam sido investigadas cientificamente. É um quadro muito raro", afirmou McGaugh à BBC.
Diagnóstico da Memória Autobiográfica
Para reconhecer a MAAS, os cientistas fazem testes médicos e avaliam os potenciais candidatos com um questionário de acontecimentos públicos ocorridos nos últimos 20 anos. Fatos que vão desde eleições a competições, passando pela entrega de prêmios e até acidentes aéreos.
Uma pessoa com a Memória Autobiográfica Altamente Superior seria capaz de dizer a data precisa e o dia da semana em que os eventos ocorreram, além de outros detalhes.
Os que obtêm mais de 55% no teste são então interrogados sobre experiências mais pessoais.
Google humano
"A família nos dá fotos ou diários para que a gente tenha dados precisos e assim provar as informações das quais eles dizem se lembrar. É muito, muito difícil que um indivíduo que registre (dados como esse) além de um certo tempo, como um nível de detalhes tão específico", afirmou McGaugh.
Por isso, eles foram apelidados de "Googles humanos".
É o caso de Brad Williams, de 55 anos, que vive em Wisconsin. "Dei-me conta (da síndrome) participando de concursos de perguntas em bares. Sou fanático por esses concursos e sempre fui melhor e mais rápido do que o restante das pessoas", disse Williams.
"Isso também acontece em episódios familiares: eu sempre consigo lembrar de datas específicas e detalhes de tudo."
Williams diz que ser ter MAAS lhe traz algumas vantagens específicas em seu trabalho como jornalista. "O que eu de fato preciso armazenar ou buscar na internet é um volume bem menor de informações do que o que já está na minha cabeça."
Lembranças que se quer esquecer
No entanto, nem todos os que possuem esse tipo de memória festejam sua condição.
É o caso de Jill Price, a paciente que procurou especialistas por não poder mais suportar seu constante exercício de se lembrar de tudo. Foi o caso dela que serviu de gatilho para os estudos.
"É incessante, incontrolável e imensamente cansativo. As lembranças vêm, simplesmente chegam na minha mente. Não posso controlá-las", escreveu Price em sua autobiografia The Woman Who Can't Forget (A Mulher que Não Consegue Esquecer, em tradução livre do inglês).
Em seu caso, a MAAS acabou complicando suas relações com as pessoas. Entre os pacientes de McGaugh não há nenhum casado ou com relações estáveis.
Dom da lembrança
No entanto, o especialista afirma que casos de insatisfação como os de Price são a minoria.
"A maioria acredita que é um dom. Se questionados se prefeririam não ter a síndrome, eles dizem que não mudariam isso por nada."
Entre esses pacientes, está a atriz Marilu Henner, conhecida pela série de TV Táxi, do fim dos anos 1970. Para ela, visualizar a vida em forma de um calendário tornou mais fácil a tarefa de atuar.
A atriz agora dá palestras motivacionais e escreveu um livro para ajudar outras pessoas a ativar sua memória autobiográfica.
"Não tenho problemas em viver com o passado: as lembranças estão na minha cabeça e são parte de mim. Não me impedem de viver o hoje ou olhar para o futuro".
O neurobiólogo McGaugh considera, no entanto, que a MAAS é uma condição pré-existente, que se mantém ao longo do tempo e que ainda carece de explicações neurológicas.
Por ora, a recomendação aos portadores da síndrome é que não encarem sua condição como um grande peso e que não se exponham a circunstâncias traumáticas. Não são bons candidatos, por exemplo, para se alistarem no Exército ou seguir para a guerra.



http://www.diariodasaude.com.br/

Estudos sobre as pessoas que não esquecem...

Memória Autobiográfica Altamente Superior
O norte-americano Robert Petrella tem uma memória fora do comum: ele é capaz de memorizar todos os números de telefone armazenados em telefones celulares e, ao olhar uma única fotografia de um lance de um jogo do seu time de coração, oPittsburgh Steelers, é capaz de dizer a data da partida e o placar final.
Petrella tem uma síndrome raríssima, chamada Memória Autobiográfica Altamente Superior (MAAS, na sigla em inglês), na qual o paciente não se esquece de quase nada do que aconteceu com ele na vida.
Quem tem essa condição é capaz de se lembrar o que comeu no almoço hoje ou três anos atrás, ou de recordar com detalhes as notícias que leu no jornal há décadas.
Mesmo se quiserem, essas pessoas não podem apagar memórias, como o fim de um namoro ou as lembranças de um acidente.
Lembranças úteis
"Eu notei isso durante o ensino secundário, me dava conta que nem todos recordavam o que eu conseguia lembrar, e pensava que era algo incomum, como ser canhoto ou algo assim. Mais tarde, notei que isso tinha outra dimensão. Sempre tive facilidade nos exames, pois lembrava de tudo sem ter feito revisão dos tópicos", disse Petrella à BBC.
Para ele, a síndrome acaba sendo bastante útil em sua profissão, já que ele é produtor de documentários para o History Channel e o Discovery Channel.
"Às vezes, me recordo de algo que alguém disse há 30 anos, coisas que as outras pessoas não lembrariam, porque foram ditas no momento, e isso pode tornar as relações raras", diz Petrella.
"Mas não tenho problemas em viver no passado. As recordações estão na minha cabeça e são parte de mim, mas não me impedem de viver o hoje e olhar para o futuro. As recordações estão na minha cabeça e são parte de mim, mas não me impedem de viver o hoje e olhar para o futuro," afirma.
Raridades
A MAAS (Memória Autobiográfica Altamente Superior) é tão difícil de ser identificada que até então apenas 20 pessoas no mundo - todas nos Estados Unidos - haviam sido diagnosticadas com ela.
Mas um programa sobre a síndrome exibido pela rede de TV americana CBS, e visto por pelo menos 24 milhões de pessoas, ampliou o conhecimento sobre a MAAS.
Desses telespectadores, 500 entraram em contato com os pesquisadores por acreditarem que tinham MAAS. Mas apenas 10 foram confirmadas com a síndrome.
Há apenas cinco anos essa condição começou a ser chamada de Memória Autobiográfica Altamente Superior, quando o especialista em memória James McGaugh publicou um artigo sobre seu estudo de seis anos de uma paciente com os sintomas.
O quadro já foi retratado na ficção, como no conto Funes, o Memorioso, do argentino Jorge Luis Borges, e na série de TV Unforgettable ("Inesquecível"), que acaba de estrear nos Estados Unidos.
"Provavelmente há pessoas com essa síndrome há séculos, mas suas bases nunca haviam sido investigadas cientificamente. É um quadro muito raro", afirmou McGaugh à BBC.
Diagnóstico da Memória Autobiográfica
Para reconhecer a MAAS, os cientistas fazem testes médicos e avaliam os potenciais candidatos com um questionário de acontecimentos públicos ocorridos nos últimos 20 anos. Fatos que vão desde eleições a competições, passando pela entrega de prêmios e até acidentes aéreos.
Uma pessoa com a Memória Autobiográfica Altamente Superior seria capaz de dizer a data precisa e o dia da semana em que os eventos ocorreram, além de outros detalhes.
Os que obtêm mais de 55% no teste são então interrogados sobre experiências mais pessoais.
Google humano
"A família nos dá fotos ou diários para que a gente tenha dados precisos e assim provar as informações das quais eles dizem se lembrar. É muito, muito difícil que um indivíduo que registre (dados como esse) além de um certo tempo, como um nível de detalhes tão específico", afirmou McGaugh.
Por isso, eles foram apelidados de "Googles humanos".
É o caso de Brad Williams, de 55 anos, que vive em Wisconsin. "Dei-me conta (da síndrome) participando de concursos de perguntas em bares. Sou fanático por esses concursos e sempre fui melhor e mais rápido do que o restante das pessoas", disse Williams.
"Isso também acontece em episódios familiares: eu sempre consigo lembrar de datas específicas e detalhes de tudo."
Williams diz que ser ter MAAS lhe traz algumas vantagens específicas em seu trabalho como jornalista. "O que eu de fato preciso armazenar ou buscar na internet é um volume bem menor de informações do que o que já está na minha cabeça."
Lembranças que se quer esquecer
No entanto, nem todos os que possuem esse tipo de memória festejam sua condição.
É o caso de Jill Price, a paciente que procurou especialistas por não poder mais suportar seu constante exercício de se lembrar de tudo. Foi o caso dela que serviu de gatilho para os estudos.
"É incessante, incontrolável e imensamente cansativo. As lembranças vêm, simplesmente chegam na minha mente. Não posso controlá-las", escreveu Price em sua autobiografia The Woman Who Can't Forget (A Mulher que Não Consegue Esquecer, em tradução livre do inglês).
Em seu caso, a MAAS acabou complicando suas relações com as pessoas. Entre os pacientes de McGaugh não há nenhum casado ou com relações estáveis.
Dom da lembrança
No entanto, o especialista afirma que casos de insatisfação como os de Price são a minoria.
"A maioria acredita que é um dom. Se questionados se prefeririam não ter a síndrome, eles dizem que não mudariam isso por nada."
Entre esses pacientes, está a atriz Marilu Henner, conhecida pela série de TV Táxi, do fim dos anos 1970. Para ela, visualizar a vida em forma de um calendário tornou mais fácil a tarefa de atuar.
A atriz agora dá palestras motivacionais e escreveu um livro para ajudar outras pessoas a ativar sua memória autobiográfica.
"Não tenho problemas em viver com o passado: as lembranças estão na minha cabeça e são parte de mim. Não me impedem de viver o hoje ou olhar para o futuro".
O neurobiólogo McGaugh considera, no entanto, que a MAAS é uma condição pré-existente, que se mantém ao longo do tempo e que ainda carece de explicações neurológicas.
Por ora, a recomendação aos portadores da síndrome é que não encarem sua condição como um grande peso e que não se exponham a circunstâncias traumáticas. Não são bons candidatos, por exemplo, para se alistarem no Exército ou seguir para a guerra.



http://www.diariodasaude.com.br/

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Experiências fora do corpo!!! Possibilidade do teletransporte...

Deixe o seu corpo, aperte sua própria mão ou até mesmo mude para um corpo robótico por um tempo. O neurocientista sueco Henrik Ehrsson chefia uma das equipes que está demonstrando que tudo isso é possível porque a imagem que o cérebro tem do corpo é, por assim, dizer, negociável.
Ele foi um dos apresentadores de uma seção sobre o assunto na reunião da Sociedade Americana para o Progresso da Ciência, que está acontecendo nos Estados Unidos nesta semana.
O desenvolvimento desse campo de pesquisas deverá permitir desde o desenvolvimento de novas próteses sensíveis ao toque e próteses comandadas pelo pensamento, até melhores robôs e mundos virtuais mais convincentes.
Percepção do próprio corpo
As descobertas vêm do estudo de questões aparentemente simples: Como o cérebro realmente identifica o corpo a que pertence? E por que nós sentimos o centro da nossa consciência como estando localizado dentro de um corpo físico?
Em uma série de experimentos realizados no Instituto Karolinska, Ehrsson e seus colegas demonstraram que a percepção que o cérebro tem do corpo no qual ele está embarcado pode alterar-se consideravelmente.
Manipulando os diferentes sentidos de forma coordenada, os pesquisadores fizeram com que os voluntários sentissem que seu corpo repentinamente incluía membros artificiais e até mesmo que haviam saído inteiramente do seu corpo e entrado em outro.
"Ao esclarecer como o cérebro normal produz um sentimento de posse do corpo, podemos aprender a projetar essa propriedade em organismos artificiais e organismos virtuais simulados, e até mesmo fazer duas pessoas experimentarem a troca de corpos entre si," disse Ehrsson em sua apresentação.
Relação entre corpo e mente
A pesquisa aborda questões fundamentais sobre a relação entre mente e corpo, que têm sido tema de discussões teológicas, filosóficas e psicológicas ao longo de séculos, mas que só recentemente começaram a ser objeto de estudos experimentais acadêmicos.
A chave para resolver o problema, segundo os pesquisadores, é identificar os mecanismos multissensoriais através dos quais o sistema nervoso central distingue entre os sinais sensoriais do próprio corpo e os sinais do meio ambiente.
A pesquisa pode ter implicações importantes em múltiplas áreas, como o desenvolvimento de próteses de mão com sensações mais próximas das mãos reais e uma nova geração de aplicações de realidade virtual, onde o sentido do self é projetado sobre "corpos virtuais" gerados por computador.
Teletransporte do self
Os cientistas estão agora estudando que tipo de corpo o cérebro pode ser levado a perceber como sendo o seu próprio.
O self pode, por exemplo, ser transferido para um corpo de outro sexo, idade e tamanho, mas não para objetos como blocos ou cadeiras.
Um projeto atualmente em curso, com potenciais aplicações em robótica, está analisando se o corpo percebido pode ser reduzido ao tamanho de uma boneca Barbie. Outro está estudando se o cérebro pode aceitar um corpo com membros adicionais.
"Isso poderia dar a pessoas paralisadas um terceiro braço protético, que eles perceberiam como sendo real", concluiu Ehrsson.
(Diário de saúde)

Experiências fora do corpo!!! Possibilidade do teletransporte...

Deixe o seu corpo, aperte sua própria mão ou até mesmo mude para um corpo robótico por um tempo. O neurocientista sueco Henrik Ehrsson chefia uma das equipes que está demonstrando que tudo isso é possível porque a imagem que o cérebro tem do corpo é, por assim, dizer, negociável.
Ele foi um dos apresentadores de uma seção sobre o assunto na reunião da Sociedade Americana para o Progresso da Ciência, que está acontecendo nos Estados Unidos nesta semana.
O desenvolvimento desse campo de pesquisas deverá permitir desde o desenvolvimento de novas próteses sensíveis ao toque e próteses comandadas pelo pensamento, até melhores robôs e mundos virtuais mais convincentes.
Percepção do próprio corpo
As descobertas vêm do estudo de questões aparentemente simples: Como o cérebro realmente identifica o corpo a que pertence? E por que nós sentimos o centro da nossa consciência como estando localizado dentro de um corpo físico?
Em uma série de experimentos realizados no Instituto Karolinska, Ehrsson e seus colegas demonstraram que a percepção que o cérebro tem do corpo no qual ele está embarcado pode alterar-se consideravelmente.
Manipulando os diferentes sentidos de forma coordenada, os pesquisadores fizeram com que os voluntários sentissem que seu corpo repentinamente incluía membros artificiais e até mesmo que haviam saído inteiramente do seu corpo e entrado em outro.
"Ao esclarecer como o cérebro normal produz um sentimento de posse do corpo, podemos aprender a projetar essa propriedade em organismos artificiais e organismos virtuais simulados, e até mesmo fazer duas pessoas experimentarem a troca de corpos entre si," disse Ehrsson em sua apresentação.
Relação entre corpo e mente
A pesquisa aborda questões fundamentais sobre a relação entre mente e corpo, que têm sido tema de discussões teológicas, filosóficas e psicológicas ao longo de séculos, mas que só recentemente começaram a ser objeto de estudos experimentais acadêmicos.
A chave para resolver o problema, segundo os pesquisadores, é identificar os mecanismos multissensoriais através dos quais o sistema nervoso central distingue entre os sinais sensoriais do próprio corpo e os sinais do meio ambiente.
A pesquisa pode ter implicações importantes em múltiplas áreas, como o desenvolvimento de próteses de mão com sensações mais próximas das mãos reais e uma nova geração de aplicações de realidade virtual, onde o sentido do self é projetado sobre "corpos virtuais" gerados por computador.
Teletransporte do self
Os cientistas estão agora estudando que tipo de corpo o cérebro pode ser levado a perceber como sendo o seu próprio.
O self pode, por exemplo, ser transferido para um corpo de outro sexo, idade e tamanho, mas não para objetos como blocos ou cadeiras.
Um projeto atualmente em curso, com potenciais aplicações em robótica, está analisando se o corpo percebido pode ser reduzido ao tamanho de uma boneca Barbie. Outro está estudando se o cérebro pode aceitar um corpo com membros adicionais.
"Isso poderia dar a pessoas paralisadas um terceiro braço protético, que eles perceberiam como sendo real", concluiu Ehrsson.
(Diário de saúde)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Neurocientistas demonstram avanço revolucionário na leitura da mente...


Leitura da mente
Usar equipamentos de ressonância magnética para observar os sinais cerebrais das pessoas não é nenhuma novidade.
É aprendendo como esses sinais se alteram quando a pessoa está fazendo alguma atividade que está permitindo o desenvolvimento de interfaces neurais e de equipamentos controlados pelo pensamento.
A novidade é que cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) usaram técnicas de inteligência artificial, chamadas de técnicas de aprendizado de máquina, para estudar esses padrões de atividade cerebral e identificar os processos de pensamento - ou o estado cognitivo - das pessoas.
Devido ao alto grau de precisão obtida, os cientistas afirmam que o nome natural de sua técnica é "leitura da mente", ou "decodificação cerebral".
Bola de cristal
Os cientistas usaram sua nova técnica para ler a mente de fumantes que estavam sentindo falta de nicotina.
O objetivo imediato é ajudar essas pessoas a lidarem com a abstinência, embora a técnica tenha inúmeras outras aplicações.
Os cientistas queriam descobrir quais regiões do cérebro, e quais redes neurais específicas, são responsáveis pela resistência ao vício da nicotina.
Os dados coletados pelas máquinas de ressonância magnética funcional (fMRI) foram analisados por técnicas de aprendizado de máquina que incorporam análises conhecidas como cadeias de Markov, que usam a história passada para prever estados futuros.
Ao medir as redes neurais ativas ao longo do tempo, durante os exames de fMRI, os algoritmos de aprendizagem de máquina foram capazes de antecipar mudanças na estrutura cognitiva dos voluntários.
Prevendo o estado mental
A capacidade de previsão alcançou um alto grau de precisão (90 por cento para alguns dos modelos testados) não apenas daquilo que as pessoas estavam vendo - vídeos relacionados ao seu vício - como também da reação que eles estavam tendo - resistência ou não ao vício.
"Nós detectamos se as pessoas estavam assistindo vídeos relativos ao cigarro e resistindo ao vício, entregando-se a ele, ou assistindo a vídeos que não estavam relacionados ao fumo," conta a Dra. Ariana Anderson, membro da equipe de leitura da mente.
Em essência, o algoritmo foi capaz de "prever" o estado mental dos participantes e seus processos de pensamento, de forma muito parecida com o que os mecanismos de busca ou os sistemas de digitação de mensagens dos celulares se antecipam e completam uma frase antes que o usuário termine de digitar.
Controlar o cérebro
Com um acerto de mais de 90%, os pesquisadores afirmam não se poder negar que, agora, eles estão realmente "lendo a mente" das pessoas.
A seguir, os neurocientistas vão usar essa aprendizagem de máquina em um contexto de biofeedback, mostrando leituras em tempo real do cérebro às pessoas, para fazer com que elas saibam quando estão experimentando os desejos e quão intensos são esses desejos, na esperança de treiná-los para controlar e reprimir sua dependência.

Neurocientistas demonstram avanço revolucionário na leitura da mente...


Leitura da mente
Usar equipamentos de ressonância magnética para observar os sinais cerebrais das pessoas não é nenhuma novidade.
É aprendendo como esses sinais se alteram quando a pessoa está fazendo alguma atividade que está permitindo o desenvolvimento de interfaces neurais e de equipamentos controlados pelo pensamento.
A novidade é que cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) usaram técnicas de inteligência artificial, chamadas de técnicas de aprendizado de máquina, para estudar esses padrões de atividade cerebral e identificar os processos de pensamento - ou o estado cognitivo - das pessoas.
Devido ao alto grau de precisão obtida, os cientistas afirmam que o nome natural de sua técnica é "leitura da mente", ou "decodificação cerebral".
Bola de cristal
Os cientistas usaram sua nova técnica para ler a mente de fumantes que estavam sentindo falta de nicotina.
O objetivo imediato é ajudar essas pessoas a lidarem com a abstinência, embora a técnica tenha inúmeras outras aplicações.
Os cientistas queriam descobrir quais regiões do cérebro, e quais redes neurais específicas, são responsáveis pela resistência ao vício da nicotina.
Os dados coletados pelas máquinas de ressonância magnética funcional (fMRI) foram analisados por técnicas de aprendizado de máquina que incorporam análises conhecidas como cadeias de Markov, que usam a história passada para prever estados futuros.
Ao medir as redes neurais ativas ao longo do tempo, durante os exames de fMRI, os algoritmos de aprendizagem de máquina foram capazes de antecipar mudanças na estrutura cognitiva dos voluntários.
Prevendo o estado mental
A capacidade de previsão alcançou um alto grau de precisão (90 por cento para alguns dos modelos testados) não apenas daquilo que as pessoas estavam vendo - vídeos relacionados ao seu vício - como também da reação que eles estavam tendo - resistência ou não ao vício.
"Nós detectamos se as pessoas estavam assistindo vídeos relativos ao cigarro e resistindo ao vício, entregando-se a ele, ou assistindo a vídeos que não estavam relacionados ao fumo," conta a Dra. Ariana Anderson, membro da equipe de leitura da mente.
Em essência, o algoritmo foi capaz de "prever" o estado mental dos participantes e seus processos de pensamento, de forma muito parecida com o que os mecanismos de busca ou os sistemas de digitação de mensagens dos celulares se antecipam e completam uma frase antes que o usuário termine de digitar.
Controlar o cérebro
Com um acerto de mais de 90%, os pesquisadores afirmam não se poder negar que, agora, eles estão realmente "lendo a mente" das pessoas.
A seguir, os neurocientistas vão usar essa aprendizagem de máquina em um contexto de biofeedback, mostrando leituras em tempo real do cérebro às pessoas, para fazer com que elas saibam quando estão experimentando os desejos e quão intensos são esses desejos, na esperança de treiná-los para controlar e reprimir sua dependência.