quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Conheça mais sobre a GLÂNDULA PINEAL!!!!


A pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos.
Ela é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Como ela faz isso? 
Captando as radiações 
do Sol e da Lua. 
A pineal obedece aos chamados Zeitbergers.

Por exemplo, o Sol é um Zeitberger externos que regem as noções
de tempo e que influencia a pineal,regendo o ciclo de sono e 
de vigília, quando esta glândula secreta o hormônio melatonina.
Isso dá ao organismo a referência de horário.
Existe também o Zeitberger interno, que são os genes,
trazendo o perfil de ritmo regular de cada pessoa. 
Nós vivemos em três dimensões e nos relacionamos com a quarta, 
através do   tempo. A pineal é a única estrutura do corpo
que transpõe essa dimensão,que é capaz de captar informações que
estão além dessa dimensão nossa.
Para Descartes é o ponto em que a alma se liga ao corpo,
até na questão física há uma lógica que é esta glândula que lida 
com a outra dimensão,e isso é um fato.
Todos os animais têm essa glândula;
ela os orienta nos processos migratórios
porque sintoniza o campo magnético.
Nos animais,a glândula pineal tem fotorreceptores
iguais aos presentes na retina dos olhos, porque a origem
biológica da pineal é a mesma dos olhos,é um terceiro olho,
literalmente.
Os cientistas Vollrath e Semm, que têm artigos publicados
na revista científica Nature, de 1988,
comprovam que a pineal converte ondas eletromagnéticas em
estímulos neuroquímicos.
O espiritual age pelo campo eletromagnético,
se há uma interferência espiritual 
por exemplo, se dá justamente pelo campo eletromagnético.
As interferências acontecem na natureza pelas leis da própria 
natureza.
Segundo Sérgio Felipe de Oliveira, a pineal captaria informações
do mundo espiritual por ondas eletromagnéticas,como “um telefone 
celular”,e as transformaria em estímulos neuroquímicos.
A parapsicologia diz que estes campos eletromagnéticos
podem afetar a mente humana.
O dr. Michael Persinger, da Laurentian University, no Canadá,
fez experiências com um capacete que emite ondas
eletromagnéticas nos lobos temporais.
As pessoas submetidas a essas experiências teriam tido
“visões” e sentiram presenças espirituais.
O dr. Persinger atribui esses fenômenos à influência
dessas ondas eletromagnéticas.
Pesquisas recentes indicam que a pineal está ligado a dois
centros nervosos, um de cada ouvido.
Estes dois centros nervosos,e mais o centro situado na própria 
glândula,formam um triângulo, com a pineal no centro da cabeça com
o ápice ou vértice superior, e dois centros nervosos dos ouvidos
formando a base.
Assim, os pesquisadores elaboraram o princípio de que tudo
o que afete os timpanos afetará a pineal,
qualquer princípio que afete a pineal afetará os timpanos.
A glândula está localizada em uma área cheia de líquido.
o som faz o líquido vibrar, provocando uma reação na glândula. 
Essa belezinha, converte ondas eletromagnéticas em estímulos 
neuroquímicos.
A Física Quântica diz que tudo é vibração e nós vibramos em
diferentes freqüências, 
também somos influenciados em diferentes freqüências,
por meio natural ou não
(falaremos disso mais tarde).
Estamos sendo bombardeados com energias vindo da 
galáxia, incluindo o bombardeio do Sol, tudo isso afeta a 
Terra e logicamente nos afeta.
Sempre vibração e som, recentemente os cientista conseguiram
até reproduzir o som do Sol nas suas explosões solares.
Quanto mais se intensifica o som, mais a pineal "trabalha",
quanto mais ela trabalha, mais se intensifica o som,
formando um circulo que nos leva
rapidamente ao estado de projeção consciente.
Sendo assim, meus amigos, os barulhos, zumbidos,apitos,sininhos...
que você pode estar ouvindo diariamente ou esporadicamente
são produzidos pelo trabalho/desenvolvimento da glândula pineal
e todo um fator externo está contribuindo para isso.
Nós estamos literalmente escutando essa belezinha trabalhar.
Essa glândula é nossa conexão com outras dimensões,
nossa glândula foi danificada ao longo do tempo,
por falta de uso, química (veneno) nos nossos
alimentos, poluição e acredito que a nossa contribuição
tenha realmente sido a maior de todas, porque caímos nas 
ilusões materialistas e hoje somos extremamente apegados a tudo
que os nossos 5 sentidos podem tocar, sentir, ver e ouvir...
Pra terminar, vou deixar um exercício de meditação
de desenvolvimento energético da pineal.
Um exercício diferente, mas bem gostoso de realizar.
Certos exercícios psíquicos provocam um zumbido
que começa a se manifestar nos ouvidos e persiste por algum tempo.
Esse zumbido indica que alguma energia 
ou ação está sendo transmitida aos timpanos, a partir da pineal. 
(Pesquisa feita pela Universidade de Basle na Suíça).

EXERCÍCIO
Deverá ser feito no escuro, onde a produção do hormônio da pineal aumenta.
- Por uma ou duas semanas, deve-se relaxar por alguns minutos,
  coloque o dedo indicador de cada mão o mais para dentro do ouvido
  que seja possível sem pressão incômoda;
- Enquanto os dedos estiverem nesta posição nos ouvidos,
  tomem uma inalação profunda pelo nariz e retenha o quanto possível;
- Mantenha a boca fechada, quando não puder mais prender a
  respiração,  exale lentamente pelo nariz;
- Conserve os dedos nos ouvidos durante todo o tempo que esteja            inalando, retendo e exalando;
- Respire normalmente por mais ou menos 30 segundos e repita o  procedimento por 10 vezes.
Ao terminar, você sentirá um calor nos dutos auditivos.
A respiração pelo nariz, com os dedos colocados nos ouvidos,
estabelece um circuito bem definido de vibrações positivas e negativas, que afetem os centros nervosos do crânio, o centro nervoso da tireóide,
e os centro nervosos de cada um dos dois dedos.
O resultado deste exercício, se praticado conforme a instrução, será a 
desobstrução do nariz para a respiração e dos ouvidos para a audição,
a eliminação de qualquer congestão craniana, o desenvolvimento da sensibilidade dos nervos do nariz a ponto de perceberem
novos odores ou facilitar aos já conhecidos.
Ao mesmo tempo, a pineal irá despertar gradativamente,
com crescente vitalidade para as funções psíquicas.

Conheça mais sobre a GLÂNDULA PINEAL!!!!


A pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos.
Ela é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Como ela faz isso? 
Captando as radiações 
do Sol e da Lua. 
A pineal obedece aos chamados Zeitbergers.

Por exemplo, o Sol é um Zeitberger externos que regem as noções
de tempo e que influencia a pineal,regendo o ciclo de sono e 
de vigília, quando esta glândula secreta o hormônio melatonina.
Isso dá ao organismo a referência de horário.
Existe também o Zeitberger interno, que são os genes,
trazendo o perfil de ritmo regular de cada pessoa. 
Nós vivemos em três dimensões e nos relacionamos com a quarta, 
através do   tempo. A pineal é a única estrutura do corpo
que transpõe essa dimensão,que é capaz de captar informações que
estão além dessa dimensão nossa.
Para Descartes é o ponto em que a alma se liga ao corpo,
até na questão física há uma lógica que é esta glândula que lida 
com a outra dimensão,e isso é um fato.
Todos os animais têm essa glândula;
ela os orienta nos processos migratórios
porque sintoniza o campo magnético.
Nos animais,a glândula pineal tem fotorreceptores
iguais aos presentes na retina dos olhos, porque a origem
biológica da pineal é a mesma dos olhos,é um terceiro olho,
literalmente.
Os cientistas Vollrath e Semm, que têm artigos publicados
na revista científica Nature, de 1988,
comprovam que a pineal converte ondas eletromagnéticas em
estímulos neuroquímicos.
O espiritual age pelo campo eletromagnético,
se há uma interferência espiritual 
por exemplo, se dá justamente pelo campo eletromagnético.
As interferências acontecem na natureza pelas leis da própria 
natureza.
Segundo Sérgio Felipe de Oliveira, a pineal captaria informações
do mundo espiritual por ondas eletromagnéticas,como “um telefone 
celular”,e as transformaria em estímulos neuroquímicos.
A parapsicologia diz que estes campos eletromagnéticos
podem afetar a mente humana.
O dr. Michael Persinger, da Laurentian University, no Canadá,
fez experiências com um capacete que emite ondas
eletromagnéticas nos lobos temporais.
As pessoas submetidas a essas experiências teriam tido
“visões” e sentiram presenças espirituais.
O dr. Persinger atribui esses fenômenos à influência
dessas ondas eletromagnéticas.
Pesquisas recentes indicam que a pineal está ligado a dois
centros nervosos, um de cada ouvido.
Estes dois centros nervosos,e mais o centro situado na própria 
glândula,formam um triângulo, com a pineal no centro da cabeça com
o ápice ou vértice superior, e dois centros nervosos dos ouvidos
formando a base.
Assim, os pesquisadores elaboraram o princípio de que tudo
o que afete os timpanos afetará a pineal,
qualquer princípio que afete a pineal afetará os timpanos.
A glândula está localizada em uma área cheia de líquido.
o som faz o líquido vibrar, provocando uma reação na glândula. 
Essa belezinha, converte ondas eletromagnéticas em estímulos 
neuroquímicos.
A Física Quântica diz que tudo é vibração e nós vibramos em
diferentes freqüências, 
também somos influenciados em diferentes freqüências,
por meio natural ou não
(falaremos disso mais tarde).
Estamos sendo bombardeados com energias vindo da 
galáxia, incluindo o bombardeio do Sol, tudo isso afeta a 
Terra e logicamente nos afeta.
Sempre vibração e som, recentemente os cientista conseguiram
até reproduzir o som do Sol nas suas explosões solares.
Quanto mais se intensifica o som, mais a pineal "trabalha",
quanto mais ela trabalha, mais se intensifica o som,
formando um circulo que nos leva
rapidamente ao estado de projeção consciente.
Sendo assim, meus amigos, os barulhos, zumbidos,apitos,sininhos...
que você pode estar ouvindo diariamente ou esporadicamente
são produzidos pelo trabalho/desenvolvimento da glândula pineal
e todo um fator externo está contribuindo para isso.
Nós estamos literalmente escutando essa belezinha trabalhar.
Essa glândula é nossa conexão com outras dimensões,
nossa glândula foi danificada ao longo do tempo,
por falta de uso, química (veneno) nos nossos
alimentos, poluição e acredito que a nossa contribuição
tenha realmente sido a maior de todas, porque caímos nas 
ilusões materialistas e hoje somos extremamente apegados a tudo
que os nossos 5 sentidos podem tocar, sentir, ver e ouvir...
Pra terminar, vou deixar um exercício de meditação
de desenvolvimento energético da pineal.
Um exercício diferente, mas bem gostoso de realizar.
Certos exercícios psíquicos provocam um zumbido
que começa a se manifestar nos ouvidos e persiste por algum tempo.
Esse zumbido indica que alguma energia 
ou ação está sendo transmitida aos timpanos, a partir da pineal. 
(Pesquisa feita pela Universidade de Basle na Suíça).

EXERCÍCIO
Deverá ser feito no escuro, onde a produção do hormônio da pineal aumenta.
- Por uma ou duas semanas, deve-se relaxar por alguns minutos,
  coloque o dedo indicador de cada mão o mais para dentro do ouvido
  que seja possível sem pressão incômoda;
- Enquanto os dedos estiverem nesta posição nos ouvidos,
  tomem uma inalação profunda pelo nariz e retenha o quanto possível;
- Mantenha a boca fechada, quando não puder mais prender a
  respiração,  exale lentamente pelo nariz;
- Conserve os dedos nos ouvidos durante todo o tempo que esteja            inalando, retendo e exalando;
- Respire normalmente por mais ou menos 30 segundos e repita o  procedimento por 10 vezes.
Ao terminar, você sentirá um calor nos dutos auditivos.
A respiração pelo nariz, com os dedos colocados nos ouvidos,
estabelece um circuito bem definido de vibrações positivas e negativas, que afetem os centros nervosos do crânio, o centro nervoso da tireóide,
e os centro nervosos de cada um dos dois dedos.
O resultado deste exercício, se praticado conforme a instrução, será a 
desobstrução do nariz para a respiração e dos ouvidos para a audição,
a eliminação de qualquer congestão craniana, o desenvolvimento da sensibilidade dos nervos do nariz a ponto de perceberem
novos odores ou facilitar aos já conhecidos.
Ao mesmo tempo, a pineal irá despertar gradativamente,
com crescente vitalidade para as funções psíquicas.

Thandie Newton: Abraçando alteridade, abraçando-me | Video on TED.com

Thandie Newton: Abraçando alteridade, abraçando-me | Video on TED.com:

'via Blog this'

Thandie Newton: Abraçando alteridade, abraçando-me | Video on TED.com

Thandie Newton: Abraçando alteridade, abraçando-me | Video on TED.com:

'via Blog this'

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Conhecendo um pouco da "Doutrina Secreta " de Madame Blavatsky...

"A identidade fundamental de todas as almas individuais com a Alma Universal, que é um aspecto da Causa sem Causa. A mônada obrigatoriamente, de acordo com as leis cíclicas, e a da causa e efeito ou do karma, peregrina pelos mundos manifestos, encarnando em todas as formas de vida incluindo as não humanas, primeiro por um impulso automático e depois com crescente grau de vontade própria e planejamento dirigido, a fim de conquistar sua autoconsciência, o que acontece no fim de uma série de encarnações em forma humana. Em outras palavras, simplificadamente, um raio ou centelha do fogo divino único, a mônada, para se individualizar e ser autoconsciente, deve passar por um ciclo descendente de encarnações progressivamente mais densas a partir de seu plano de existência sublime e eterno. Assim vai assumindo sucessivos corpos espirituais, mentais, emocionais e por fim físicos. Quando chega à encarnação física, passa primeiro pelos estágios de vida mais brutos, os elementos minerais. Adquirindo a experiência necessária neste nível, o que pode se estender por períodos longuíssimos de tempo, ganha o direito de encarnar como planta, e depois como animal e por fim homem, o ponto médio do ciclo geral. Na série de encarnações humanas a mônada tem a chance de se individualizar, quando deixa de lado a preocupação consigo mesma e passa a trabalhar para a coletividade. Mas este não é o fim do ciclo, e à frente jaz todo o caminho de retorno à sua origem divina e união final com o Absoluto. Então, depois de uma série de iniciações conduzidas por mônadas que percorreram antes esse caminho - os mestres de sabedoria -, que abrem os canais de comunicação internos entre a personalidade que adquiriu ao longo dos evos de evolução anterior e seu princípio espiritual mais puro, conquista um primeiro degrau de autoconsciência em todos os planos. Doravante o seu caminho é facilitado pelo domínio pelo Espírito de todos os seus veículos, tornando-o apto para expressar sua divindade em todos os planos com crescente grau de perfeição. Assim a mônada abandona o reino humano e ingressa no domínio dos deuses, coletivamente chamados de Construtores do Universo, os Elohim dos judeus, tornando-se um deles, um novo auxiliar da divindade, plenamente consciente e voluntário, no plano geral de evolução do universo. O processo evolutivo da mônada continua até alturas insondáveis, chegando a se tornar um espírito regente de todo um planeta e de todo um sistema solar, seguindo nesse caminho ascendente até que o universo continue em manifestação, para depois do grande ciclo cósmico encerrar ser reabsorvida junto com tudo, de volta no Absoluto não-manifesto. Depois de um intervalo cuja extensão não pode ser medida, pois na fase não-manifesta o tempo não existe, o Princípio único volta a se manifestar objetivamente, e assim por ciclos incontáveis. Dentro deste plano evolutivo, que se desenrola e tem sua substância todo dentro da própria divindade, tudo o que existe, mesmo a matéria dita "inanimada", possui vida e está infusa de inteligência, mas por outro lado, toda manifestação é considerada ilusória, ou Maya para os hindus, pois apesar das progressivas diferenciações objetivas, a unidade essencial nunca é rompida e todos os seres são como células de um só corpo. Sendo emanações da mente de Deus, todos seres são apenas fenômenos temporários e perecíveis, mesmo os mais exaltados dos deuses, e nesse sentido é que se os considera ilusórios, pois apenas o Absoluto tem uma verdadeira existência e é o único Ser. 



Conhecendo um pouco da "Doutrina Secreta " de Madame Blavatsky...

"A identidade fundamental de todas as almas individuais com a Alma Universal, que é um aspecto da Causa sem Causa. A mônada obrigatoriamente, de acordo com as leis cíclicas, e a da causa e efeito ou do karma, peregrina pelos mundos manifestos, encarnando em todas as formas de vida incluindo as não humanas, primeiro por um impulso automático e depois com crescente grau de vontade própria e planejamento dirigido, a fim de conquistar sua autoconsciência, o que acontece no fim de uma série de encarnações em forma humana. Em outras palavras, simplificadamente, um raio ou centelha do fogo divino único, a mônada, para se individualizar e ser autoconsciente, deve passar por um ciclo descendente de encarnações progressivamente mais densas a partir de seu plano de existência sublime e eterno. Assim vai assumindo sucessivos corpos espirituais, mentais, emocionais e por fim físicos. Quando chega à encarnação física, passa primeiro pelos estágios de vida mais brutos, os elementos minerais. Adquirindo a experiência necessária neste nível, o que pode se estender por períodos longuíssimos de tempo, ganha o direito de encarnar como planta, e depois como animal e por fim homem, o ponto médio do ciclo geral. Na série de encarnações humanas a mônada tem a chance de se individualizar, quando deixa de lado a preocupação consigo mesma e passa a trabalhar para a coletividade. Mas este não é o fim do ciclo, e à frente jaz todo o caminho de retorno à sua origem divina e união final com o Absoluto. Então, depois de uma série de iniciações conduzidas por mônadas que percorreram antes esse caminho - os mestres de sabedoria -, que abrem os canais de comunicação internos entre a personalidade que adquiriu ao longo dos evos de evolução anterior e seu princípio espiritual mais puro, conquista um primeiro degrau de autoconsciência em todos os planos. Doravante o seu caminho é facilitado pelo domínio pelo Espírito de todos os seus veículos, tornando-o apto para expressar sua divindade em todos os planos com crescente grau de perfeição. Assim a mônada abandona o reino humano e ingressa no domínio dos deuses, coletivamente chamados de Construtores do Universo, os Elohim dos judeus, tornando-se um deles, um novo auxiliar da divindade, plenamente consciente e voluntário, no plano geral de evolução do universo. O processo evolutivo da mônada continua até alturas insondáveis, chegando a se tornar um espírito regente de todo um planeta e de todo um sistema solar, seguindo nesse caminho ascendente até que o universo continue em manifestação, para depois do grande ciclo cósmico encerrar ser reabsorvida junto com tudo, de volta no Absoluto não-manifesto. Depois de um intervalo cuja extensão não pode ser medida, pois na fase não-manifesta o tempo não existe, o Princípio único volta a se manifestar objetivamente, e assim por ciclos incontáveis. Dentro deste plano evolutivo, que se desenrola e tem sua substância todo dentro da própria divindade, tudo o que existe, mesmo a matéria dita "inanimada", possui vida e está infusa de inteligência, mas por outro lado, toda manifestação é considerada ilusória, ou Maya para os hindus, pois apesar das progressivas diferenciações objetivas, a unidade essencial nunca é rompida e todos os seres são como células de um só corpo. Sendo emanações da mente de Deus, todos seres são apenas fenômenos temporários e perecíveis, mesmo os mais exaltados dos deuses, e nesse sentido é que se os considera ilusórios, pois apenas o Absoluto tem uma verdadeira existência e é o único Ser. 



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O poder do toque

Até há pouco tempo, gestos como um afago ou um tapinha nas costas eram ignorados pela ciência. Hoje em dia, porém, são vistos de forma diferente: além de importantes ferramentas de expressão emocional, eles trazem benefícios comprovados para a saúde física e mental



Por Eduardo Araia
Foto: Shutterstock
“ Tocar pode significar dar vida”, dizia o mestre renascentista Michelangelo Buonarroti. Na célebre pintura do artista italiano, no teto da Capela Cistina, no Vaticano, A Criação de Adão, Deus insufla vida ao primeiro homem tocando seu dedo indicador. Para os cientistas, entretanto, o toque nunca havia despertado muito interesse. Um tapinha nas costas ou uma carícia no braço são, em geral, colocados na relação de gestos incidentais como franzir a testa ou apoiar o queixo na mão. Na verdade, não são Estudos recentes demonstram que o toque é muito mais importante do que se imagina. Ele é fundamental, por exemplo, na comunicação humana, no estreitamento de relações e na saúde. “(O toque) é a primeira linguagem que aprendemos e nosso mais rico meio de expressão emocional através da vida”, diz o norte-americano Dacher Keltner, professor de psicologia da Universidade da Califórnia, Berkeley, um dos mais renomados pesquisadores da área. O antigo menosprezo em relação ao toque provavelmente tem raízes no modo como cada cultura o vê. Os primatas passam entre 10% e 20% de seu tempo de vigília afagando a pele ou os pelos de outros membros de sua comunidade, porque o exercício é um meio importante para construírem relacionamentos de cooperação. Entre os parentes humanos, porém, esses índices são bem mais variáveis. Norte-americanos e ingleses, por exemplo, quase não se tocam, enquanto povos de origem latina, como brasileiros e italianos, tocam-se muito. Nos anos 1960, o psicólogo canadense Sidney Jourard já salientava essas diferenças ao estudar conversas entre amigos de várias partes do mundo.
Animais lambidos e acariciados pelas mães, na infância, se mostram mais calmos e resilientes diante de fatores de estresse na fase adulta, além de exibirem um sistema imunológico mais forte
Os ingleses que ele observou, por exemplo, não se tocaram nenhuma vez; os norte-americanos, duas. Já os franceses tocaram um ao outro 110 vezes por hora e os porto-riquenhos, 180 vezes por hora. Em inglês, a recorrente expressão “don’t touch me” (não me toque) é considerada um indicador do caráter reservado dos anglo-saxônicos. Não tocar o outro ou tocá-lo pouco não impede, é claro, as sociedades de atingirem um estágio adiantado de desenvolvimento, como a inglesa e a norte-americana são exemplos. Mas a ciência moderna mostra que o toque é muito benéfico – algo observável já no início da vida. Segundo um estudo da médica norte-americana Tiffany Field, diretora do Instituto de Pesquisas do Toque da Universidade de Miami, bebês prematuros que receberam três sessões diárias de 15 minutos de massagem terapêutica (o processo pelo qual vários tipos de toques e carícias são aplicados no corpo para melhorar a saúde e aumentar o bemestar), por um período de cinco a dez dias, ganharam 47% de peso a mais do que aqueles cujo tratamento seguiu o roteiro tradicional.
Toque divino: detalhe de A Criação de Adão, pintura de Michelangelo no teto da Capela Sistina, no Vaticano, em Roma.
Uma pesquisa com ratos, feita pela psicóloga norte-americana Darlene Francis e pelo psiquiatra canadense Michael Meaney, revela que os animais muito lambidos e acariciados pelas mães, na infância, se mostram mais calmos e resilientes diante de fatores de estresse na fase adulta, além de exibirem um sistema imunológico mais forte.
Segundo Keltner, é bem possível que esteja aí a explicação de por que os bebês humanos deixados em orfanatos e privados de contato físico não atingem as medidas esperadas de altura e peso e apresentam problemas comportamentais ao longo da vida. “Contato físico insuficiente durante o crescimento pode estar relacionado ao risco de depressão em idade adulta”, reforça o neurocientista inglês Francis McGlone.
O poder calmante do toque foi documentado num estudo com mulheres conduzido pelos neurocientistas norte americanos James Coan, Richard Davidson e Hillary Schaefer, da Universidade da Virgínia. As participantes foram colocadas num aparelho de ressonância magnética funcional e, avisadas de que ouviriam uma explosão seguida de “ruído branco” (tipo de barulho produzido pela combinação simultânea de sons de todas as frequências), apresentaram uma atividade intensa nas áreas do cérebro relacionadas a ameaça e estresse. Nada disso aconteceu, entretanto, com as participantes cuja mão era segurada por seu parceiro. O toque parece ter desativado a reação de medo nessas voluntárias.
As massagens feitas entre os membros de um casal podem render ainda mais dividendos, segundo estudos de Tif fany Field. Além da redução da dor, as vantagens incluem o alívio da depressão e o fortalecimento dos laços afetivos.
Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, Berkeley, conduzida pelo norte-americano Matt Her tenstein (hoje professor de psicologia na DePauw University) e com a participação de Keltner, investigou se os humanos podiam comunicar claramente emoções, como a compaixão, por meio do toque. Os pesquisadores montaram no laboratório uma divisória que separava dois voluntários, um desconhecido do outro. Enquanto um deles punha seu braço num espaço específico aberto na divisória, e aguardava, a pessoa do outro lado recebia uma lista de emoções, que devia transmitir uma a uma por meio de um toque de um segundo no antebraço do parceiro.
Segundo Keltner, dado o número de emoções em exame, as probabilidades de adivinhar a alternativa certa pelo acaso eram de cerca de 8%. “Mas, notavelmente, os participantes adivinharam a compaixão corretamente, cerca de 60% do tempo”, disse. Gratidão, raiva, amor e medo também tiveram índices de acerto acima dos 50%. Percebeu-se ainda que as pessoas não apenas identificam a gratidão, a compaixão e o amor transmitidos pelo toque como podem também diferenciar os tipos de toque usados com essa finalidade.
“Costumávamos pensar que o toque servia apenas para intensificar as emoções comunicadas”, afirmou Hertenstein. “Agora, nós o vemos como um sistema de sinalização muito mais diferenciado do que havíamos imaginado.” Esse e outros estudos levaram Keltner a concluir que o toque é uma linguagem primordial da compaixão e uma ferramenta básica para disseminá-la.
Toques solidários com as mãos, abraços e peitadas são frequentes entre os campeões de basquete do Los Angeles Lakers.
Responsabilidade partilhada
Quando relaxadas, as áreas pré-frontais do cérebro tornam-se liberadas para executar uma de suas funções primárias: a resolução de problemas. Segundo o psicólogo norte-americano James Coan, da Universidade da Virgínia, o toque que sugere apoio leva o cérebro a trabalhar nesse sentido, por ser entendido pelo corpo como a informação de que alguém está ali para ajudar. “Pensamos que os humanos constroem relacionamentos precisamente por essa razão, distribuir a resolução de problemas pelos cérebros”, afirmou Coan ao jornal The New York Times. “Estamos conectados para literalmente partilhar a carga de processamento. Esse é o sinal que obtemos quando recebemos apoio por meio do toque.”
O toque tem um potencial, na saúde, que vai muito além do simples relaxamento. Só recentemente se começou a dedicar mais atenção a essa área. Já se sabe que um toque carinhoso básico acalma o estresse cardiovascular e ativa o nervo vago, diretamente ligado à resposta compassiva da pessoa. Tocar pacientes com a doença de Alzheimer lhes dá grandes benefícios em termos de relaxamento, redução da depressão e estabelecimento de conexões emocionais com outras pessoas.
De acordo com Tiffany, a massagem terapêutica reduz o cortisol, hormônio ligado ao estresse, e aumenta a produção de dois neurotransmissores, a dopamina (que estimula a atividade do sistema nervoso central) e a serotonina (responsável, entre outras funções, pela liberação de diversos hormônios e associada ao estado de felicidade).
No Instituto de Pesquisas do Toque, Tiffany tem feito diversas experiências de massagem terapêutica em pacientes com os mais variados problemas de saúde. “Não há uma única condição que tenhamos observado – incluindo o câncer – que não tenha respondido positivamente à massagem”, afirma. Nos estudos ela constatou que a massagem terapêutica alivia problemas autoimunes (amplia a função pulmonar em casos de asma e reduz os níveis de glicose na diabete) e aumenta a função imune (por exemplo, eleva o número de células de defesa em pessoas com HIV ou com câncer). Ela descobriu ainda que crianças autistas (as quais, segundo se acreditava, detestam ser tocadas) adoram ser massageadas pelos pais ou por um terapeuta.
O toque também ajuda a deixar as pessoas mais alertas e melhora seu desempenho. Um estudo da Universidade da Califórnia, Berkeley, publicado em 2010 na revista Emotion, avaliou se há uma relação entre as vitórias dos times da National Basketball Association (NBA, a liga norte-americana de basquete) e os toques entre jogadores.
Os pesquisadores descobriram que dois dos times de melhor rendimento – o Boston Celtics e o Los Angeles Lakers – eram os líderes em toques entre jogadores (foram considerados toques o bater de mãos espalmadas, os abraços e as peitadas). Já as duas equipes nas quais os jogadores menos se tocavam, o Sacramento Kings e o Charlotte Bobcats, tiveram desempenho medíocre. A educação é outra área que pode se beneficiar do toque. Em um estudo do psicólogo francês Nicolas Gueguen, abordado em artigo publicado na revista Journal of Social Psychology, estudantes tocados no antebraço pelo professor evoluíram em termos de comportamento e produtividade, na comparação com os colegas não tocados. Gueguen verificou ainda que, quando os professores dão tapinhas amigáveis em alunos, estes ficam três vezes mais propensos a participar ativamente da aula. Para Dacher Keltner, as pesquisas confirmam que existe uma conexão com um nível físico básico que deve ser exercitada. A princípio, ela não tem contraindicações e sua crescente lista de vantagens é cada vez mais lastreada em dados científicos, sem subjetivismos psicológicos. Quando alguém afirma a Tiffany Field que a massagem que ela e sua equipe aplicam é bemsucedida porque “faz a pessoa se sentir bem”, a médica não deixa por menos: “Ora! A massagem funciona porque muda toda a sua fisiologia.”
“Não há uma única condição de saúde que tenhamos observado – incluindo o câncer – que não tenha respondido positivamente à massagem”, afirma a médica Tiffany Field, da Universidade de Miami.
A rota orgânica do toque
O neurocientista inglês Francis McGlone, da área de pesquisa e desenvolvimento da multinacional Unilever, e uma equipe da Universidade de Gotemburgo (Suécia) descobriram, em 2008, uma fibra nervosa, a fibra-C, que responde pela sensação de prazer originária de um toque agradável. Uma vez ativada, essa fibra leva a sensação ao córtex órbito-frontal (a área do cérebro que regula as emoções e está relacionada aos sistemas de recompensa e compaixão), o que causa a liberação de hormônios ligados ao bem-estar.
Entre eles está a oxitocina, o “hormônio do amor”, que, além de influenciar no estabelecimento e na manutenção de relacionamentos, estimula a confiança e reduz os níveis do cortisol, o hormônio do estresse.
McGlone ressalta que as fibras-C não têm relação com o prazer experimentado ao se friccionar órgãos sexuais, nem com as palmas das mãos ou as solas dos pés. Segundo o neurocientista, a fórmula perfeita para um toque carinhoso é fazê-lo numa extensão entre quatro e cinco centímetros de comprimento por segundo, aplicando dois gramas de pressão por centímetro quadrado.
McGlone salienta ainda que as mensagens de prazer originárias do toque seguem da pele para o cérebro por fibras nervosas similares às que enviam a sensação de dor – o que explicaria, por exemplo, por que um estímulo de dor é aliviado quando a região em que surge é imediatamente massageada ou acariciada.

O poder do toque

Até há pouco tempo, gestos como um afago ou um tapinha nas costas eram ignorados pela ciência. Hoje em dia, porém, são vistos de forma diferente: além de importantes ferramentas de expressão emocional, eles trazem benefícios comprovados para a saúde física e mental



Por Eduardo Araia
Foto: Shutterstock
“ Tocar pode significar dar vida”, dizia o mestre renascentista Michelangelo Buonarroti. Na célebre pintura do artista italiano, no teto da Capela Cistina, no Vaticano, A Criação de Adão, Deus insufla vida ao primeiro homem tocando seu dedo indicador. Para os cientistas, entretanto, o toque nunca havia despertado muito interesse. Um tapinha nas costas ou uma carícia no braço são, em geral, colocados na relação de gestos incidentais como franzir a testa ou apoiar o queixo na mão. Na verdade, não são Estudos recentes demonstram que o toque é muito mais importante do que se imagina. Ele é fundamental, por exemplo, na comunicação humana, no estreitamento de relações e na saúde. “(O toque) é a primeira linguagem que aprendemos e nosso mais rico meio de expressão emocional através da vida”, diz o norte-americano Dacher Keltner, professor de psicologia da Universidade da Califórnia, Berkeley, um dos mais renomados pesquisadores da área. O antigo menosprezo em relação ao toque provavelmente tem raízes no modo como cada cultura o vê. Os primatas passam entre 10% e 20% de seu tempo de vigília afagando a pele ou os pelos de outros membros de sua comunidade, porque o exercício é um meio importante para construírem relacionamentos de cooperação. Entre os parentes humanos, porém, esses índices são bem mais variáveis. Norte-americanos e ingleses, por exemplo, quase não se tocam, enquanto povos de origem latina, como brasileiros e italianos, tocam-se muito. Nos anos 1960, o psicólogo canadense Sidney Jourard já salientava essas diferenças ao estudar conversas entre amigos de várias partes do mundo.
Animais lambidos e acariciados pelas mães, na infância, se mostram mais calmos e resilientes diante de fatores de estresse na fase adulta, além de exibirem um sistema imunológico mais forte
Os ingleses que ele observou, por exemplo, não se tocaram nenhuma vez; os norte-americanos, duas. Já os franceses tocaram um ao outro 110 vezes por hora e os porto-riquenhos, 180 vezes por hora. Em inglês, a recorrente expressão “don’t touch me” (não me toque) é considerada um indicador do caráter reservado dos anglo-saxônicos. Não tocar o outro ou tocá-lo pouco não impede, é claro, as sociedades de atingirem um estágio adiantado de desenvolvimento, como a inglesa e a norte-americana são exemplos. Mas a ciência moderna mostra que o toque é muito benéfico – algo observável já no início da vida. Segundo um estudo da médica norte-americana Tiffany Field, diretora do Instituto de Pesquisas do Toque da Universidade de Miami, bebês prematuros que receberam três sessões diárias de 15 minutos de massagem terapêutica (o processo pelo qual vários tipos de toques e carícias são aplicados no corpo para melhorar a saúde e aumentar o bemestar), por um período de cinco a dez dias, ganharam 47% de peso a mais do que aqueles cujo tratamento seguiu o roteiro tradicional.
Toque divino: detalhe de A Criação de Adão, pintura de Michelangelo no teto da Capela Sistina, no Vaticano, em Roma.
Uma pesquisa com ratos, feita pela psicóloga norte-americana Darlene Francis e pelo psiquiatra canadense Michael Meaney, revela que os animais muito lambidos e acariciados pelas mães, na infância, se mostram mais calmos e resilientes diante de fatores de estresse na fase adulta, além de exibirem um sistema imunológico mais forte.
Segundo Keltner, é bem possível que esteja aí a explicação de por que os bebês humanos deixados em orfanatos e privados de contato físico não atingem as medidas esperadas de altura e peso e apresentam problemas comportamentais ao longo da vida. “Contato físico insuficiente durante o crescimento pode estar relacionado ao risco de depressão em idade adulta”, reforça o neurocientista inglês Francis McGlone.
O poder calmante do toque foi documentado num estudo com mulheres conduzido pelos neurocientistas norte americanos James Coan, Richard Davidson e Hillary Schaefer, da Universidade da Virgínia. As participantes foram colocadas num aparelho de ressonância magnética funcional e, avisadas de que ouviriam uma explosão seguida de “ruído branco” (tipo de barulho produzido pela combinação simultânea de sons de todas as frequências), apresentaram uma atividade intensa nas áreas do cérebro relacionadas a ameaça e estresse. Nada disso aconteceu, entretanto, com as participantes cuja mão era segurada por seu parceiro. O toque parece ter desativado a reação de medo nessas voluntárias.
As massagens feitas entre os membros de um casal podem render ainda mais dividendos, segundo estudos de Tif fany Field. Além da redução da dor, as vantagens incluem o alívio da depressão e o fortalecimento dos laços afetivos.
Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, Berkeley, conduzida pelo norte-americano Matt Her tenstein (hoje professor de psicologia na DePauw University) e com a participação de Keltner, investigou se os humanos podiam comunicar claramente emoções, como a compaixão, por meio do toque. Os pesquisadores montaram no laboratório uma divisória que separava dois voluntários, um desconhecido do outro. Enquanto um deles punha seu braço num espaço específico aberto na divisória, e aguardava, a pessoa do outro lado recebia uma lista de emoções, que devia transmitir uma a uma por meio de um toque de um segundo no antebraço do parceiro.
Segundo Keltner, dado o número de emoções em exame, as probabilidades de adivinhar a alternativa certa pelo acaso eram de cerca de 8%. “Mas, notavelmente, os participantes adivinharam a compaixão corretamente, cerca de 60% do tempo”, disse. Gratidão, raiva, amor e medo também tiveram índices de acerto acima dos 50%. Percebeu-se ainda que as pessoas não apenas identificam a gratidão, a compaixão e o amor transmitidos pelo toque como podem também diferenciar os tipos de toque usados com essa finalidade.
“Costumávamos pensar que o toque servia apenas para intensificar as emoções comunicadas”, afirmou Hertenstein. “Agora, nós o vemos como um sistema de sinalização muito mais diferenciado do que havíamos imaginado.” Esse e outros estudos levaram Keltner a concluir que o toque é uma linguagem primordial da compaixão e uma ferramenta básica para disseminá-la.
Toques solidários com as mãos, abraços e peitadas são frequentes entre os campeões de basquete do Los Angeles Lakers.
Responsabilidade partilhada
Quando relaxadas, as áreas pré-frontais do cérebro tornam-se liberadas para executar uma de suas funções primárias: a resolução de problemas. Segundo o psicólogo norte-americano James Coan, da Universidade da Virgínia, o toque que sugere apoio leva o cérebro a trabalhar nesse sentido, por ser entendido pelo corpo como a informação de que alguém está ali para ajudar. “Pensamos que os humanos constroem relacionamentos precisamente por essa razão, distribuir a resolução de problemas pelos cérebros”, afirmou Coan ao jornal The New York Times. “Estamos conectados para literalmente partilhar a carga de processamento. Esse é o sinal que obtemos quando recebemos apoio por meio do toque.”
O toque tem um potencial, na saúde, que vai muito além do simples relaxamento. Só recentemente se começou a dedicar mais atenção a essa área. Já se sabe que um toque carinhoso básico acalma o estresse cardiovascular e ativa o nervo vago, diretamente ligado à resposta compassiva da pessoa. Tocar pacientes com a doença de Alzheimer lhes dá grandes benefícios em termos de relaxamento, redução da depressão e estabelecimento de conexões emocionais com outras pessoas.
De acordo com Tiffany, a massagem terapêutica reduz o cortisol, hormônio ligado ao estresse, e aumenta a produção de dois neurotransmissores, a dopamina (que estimula a atividade do sistema nervoso central) e a serotonina (responsável, entre outras funções, pela liberação de diversos hormônios e associada ao estado de felicidade).
No Instituto de Pesquisas do Toque, Tiffany tem feito diversas experiências de massagem terapêutica em pacientes com os mais variados problemas de saúde. “Não há uma única condição que tenhamos observado – incluindo o câncer – que não tenha respondido positivamente à massagem”, afirma. Nos estudos ela constatou que a massagem terapêutica alivia problemas autoimunes (amplia a função pulmonar em casos de asma e reduz os níveis de glicose na diabete) e aumenta a função imune (por exemplo, eleva o número de células de defesa em pessoas com HIV ou com câncer). Ela descobriu ainda que crianças autistas (as quais, segundo se acreditava, detestam ser tocadas) adoram ser massageadas pelos pais ou por um terapeuta.
O toque também ajuda a deixar as pessoas mais alertas e melhora seu desempenho. Um estudo da Universidade da Califórnia, Berkeley, publicado em 2010 na revista Emotion, avaliou se há uma relação entre as vitórias dos times da National Basketball Association (NBA, a liga norte-americana de basquete) e os toques entre jogadores.
Os pesquisadores descobriram que dois dos times de melhor rendimento – o Boston Celtics e o Los Angeles Lakers – eram os líderes em toques entre jogadores (foram considerados toques o bater de mãos espalmadas, os abraços e as peitadas). Já as duas equipes nas quais os jogadores menos se tocavam, o Sacramento Kings e o Charlotte Bobcats, tiveram desempenho medíocre. A educação é outra área que pode se beneficiar do toque. Em um estudo do psicólogo francês Nicolas Gueguen, abordado em artigo publicado na revista Journal of Social Psychology, estudantes tocados no antebraço pelo professor evoluíram em termos de comportamento e produtividade, na comparação com os colegas não tocados. Gueguen verificou ainda que, quando os professores dão tapinhas amigáveis em alunos, estes ficam três vezes mais propensos a participar ativamente da aula. Para Dacher Keltner, as pesquisas confirmam que existe uma conexão com um nível físico básico que deve ser exercitada. A princípio, ela não tem contraindicações e sua crescente lista de vantagens é cada vez mais lastreada em dados científicos, sem subjetivismos psicológicos. Quando alguém afirma a Tiffany Field que a massagem que ela e sua equipe aplicam é bemsucedida porque “faz a pessoa se sentir bem”, a médica não deixa por menos: “Ora! A massagem funciona porque muda toda a sua fisiologia.”
“Não há uma única condição de saúde que tenhamos observado – incluindo o câncer – que não tenha respondido positivamente à massagem”, afirma a médica Tiffany Field, da Universidade de Miami.
A rota orgânica do toque
O neurocientista inglês Francis McGlone, da área de pesquisa e desenvolvimento da multinacional Unilever, e uma equipe da Universidade de Gotemburgo (Suécia) descobriram, em 2008, uma fibra nervosa, a fibra-C, que responde pela sensação de prazer originária de um toque agradável. Uma vez ativada, essa fibra leva a sensação ao córtex órbito-frontal (a área do cérebro que regula as emoções e está relacionada aos sistemas de recompensa e compaixão), o que causa a liberação de hormônios ligados ao bem-estar.
Entre eles está a oxitocina, o “hormônio do amor”, que, além de influenciar no estabelecimento e na manutenção de relacionamentos, estimula a confiança e reduz os níveis do cortisol, o hormônio do estresse.
McGlone ressalta que as fibras-C não têm relação com o prazer experimentado ao se friccionar órgãos sexuais, nem com as palmas das mãos ou as solas dos pés. Segundo o neurocientista, a fórmula perfeita para um toque carinhoso é fazê-lo numa extensão entre quatro e cinco centímetros de comprimento por segundo, aplicando dois gramas de pressão por centímetro quadrado.
McGlone salienta ainda que as mensagens de prazer originárias do toque seguem da pele para o cérebro por fibras nervosas similares às que enviam a sensação de dor – o que explicaria, por exemplo, por que um estímulo de dor é aliviado quando a região em que surge é imediatamente massageada ou acariciada.